Esconde-Esconde (2013) – Jung Huh (Crítica)

O cinema coreano mainstream de terror.

Temos aqui uma peça do cinema sul coreano mainstream de terror, que é claramente influenciado pelos blockbusters americanos, talvez contendo o seu melhor e seu pior, mas desproporcionalmente

A direção muito similar a filmes oriundos de Hollywood, funciona bem a princípio,
criando uma atmosfera sinistra no entorno do prédio palpérrimo que se passa a história. Além disso, surpreende ao ter um roteiro que se demonstra mais do que uma história de suspense, é sobre o terror da vulnerabilidade das regiões pobres sujeitas à insegurança. Ao mesmo tempo o terror se multiplica na visão dos protagonistas de classe média-alta, em que ter pessoas marginalizadas dentro de sua propriedade é motivo de pesadelo (literalmente).

Esconde-Esconde  traz consigo um divertido e atmosférico suspense  seu primeiro ato e um pouco mais do segundo. É também  inteligente ao se apoiar em argumentos sociais, entretanto a partir do segundo ato, que o filme, infelizmente, começa a ter uma queda abrupta, escorregando cada vez mais baixo, passando do bobo e risível até o catastrófico, uma derrocada infeliz para o suspense que havia características potenciais.

hide-and-seek

Se os defeitos do longa até então eram suaves e perdoáveis, como a típica manipulação da música ou a super – padrão direção, que segue a tríade plano subjetivo, detalhe e primeiríssimo, eles se transformam em irritantes rapidamente, quando a obra claramente está mais preocupada com suas revelações, do que com a qualidade da história. Criando desvios e enxertos desnecessários que só buscam o efêmero sentimento de surpresa do espectador a qualquer custo, com uma avalanche de revelações bobas, sem falar da completa incoerência….

Ou talvez seja melhor falar da incoerência, pois infelizmente, chega uma hora do filme que o vale – tudo pelas reações, se torna tão nonsense, que temos câmera lenta para intensificar a tensão de uma adulta que não consegue alcançar duas crianças correndo… em um apartamento fechado(oi?), uma criança que consegue ser “invisível” e se esconder num armário após a mudança dos moradores da casa….e a chegada de novos inquilinos(wtf?), além de diversas outras bobagens.

Logo, se desviando da atmosfera bem fundamentada do início do filme com um comentário social inteligente, de plano de fundo, caímos no sensacionalismo nonsense de mil revelações consecutivas, que denunciam um filme desesperado em causar reações, independente do modo ridículo que ele faça isto…

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